terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A PROCURA DE DEUS

Gesu nella mangiatoia - Rupnik

O verbo se fez carne
E não cessa de mover-se em direção a toda carne.
Sempre, sempre, sempre.
Andamos com lanternas distraídos
Sempre em tua procura
E quando menos esperamos,
Nos damos conta.


(Ir. Rosa Ramalho, fsp)
Um Natal de amor e paz
a todos os meus amigos e amigas de Romaria!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Brincar com Jesus - 5ª Edição



5ª edição em português

A obra contém onze sugestões de desenhos em torno dos diversos aspectos da vida de Jesus, tal como pode ser vista por uma criança nascida e criada em ambiente cristão, numa espécie de pré-catequese. Parte do princípio de que o menino Jesus é Deus e mostra, em seguida, como foi criança, semelhante a todas as crianças, objeto especial do seu amor. A bondade de Jesus se manifesta, em seguida, pelo seu amor da natureza, o cuidado que dispensou às pessoas doentes e famintas, ajudando a todos que necessitavam. Como toda criança, Jesus gostava de receber presentes e de rezar, entretendo-se com Deus Pai. As crianças devem seguir o seu exemplo.

domingo, 24 de outubro de 2010

MÊS MISSIONÁRIO - PARTIR E AMAR

O que trazes como bem, 
Não te pertence. 
A verdade que carregas,
 Não é tua. 

Te lançastes neste mar 
Que te quer além. 
Qual fome queres saciar? 
Não te esqueças que és enviado (a). 
O tempo, por mais que corra, 
Não te afugenta. 

Não és somente tu que sofres 
E o sofrer não é tudo. 
É o amor que te leva a ser sempre mais, 
A dar sempre mais 
E dar até mesmo o que não tens 
E isso, ainda não será o bastante
Pois teu eu partir já é mensagem
E tua chegada é sempre esperança.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp) 


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CIDADE



Da janela, vejo o movimento.
As luzes dos prédios
Não me apontam para lugar algum.
Os carros indiferentes tomam sua direção.
Pessoas que circulam,
Com seu dever cumprido e um dia a menos.
O céu não é mais iluminado como antes
E os pássaros noturnos são de lata.

As árvores são plantadas
E não possuem floresta.
As flores formam os jardins planejados
Que nós admiramos
Com saudades dos campos.
Os frutos das bancas
Não tem o mesmo sabor
Que tinham nos pés.

E as pessoas que encontro
Não dizem meu nome.
Passamos uns pelos outros
Como se não tivéssemos a mesma origem
E o mesmo fim.



Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp

sábado, 16 de outubro de 2010

Reinventar a vida é...

Foto de Lucas Emanuel

Reinventar a vida é encontrar a luz após uma noite escura. É levantar-se após uma grande queda. É encontrar boas razões para viver mesmo após grande sofrimento.

Reinventar a vida é descobrir a beleza das pequenas coisas. É encontrar em uma pequena flor um sinal do amor. É fazer com alegria todas as coisas, como se fosse a primeira vez.

Reinventar a vida é fazer o comum sempre novo. É viver com alegria e não ter medo de ser feliz.
Reinventar a vida é aderir ao novo e não ter medo de arriscar.

Reinventar a vida é tornar extraordinário o ordinário é dar um novo sentido as coisas simples da vida. É ter um novo coração .

Reinventar a vida é encontrar nas pequenas coisas motivos de alegria. É viver com intensidade as relações.

Reinventar a vida é cultivar sonhos e projetos. É a cada manhã sentir-se nascendo de novo, não importa a idade que se tem.

Reinventar a vida é fazê-la nova todos os dias. É dar uma chance a si mesmo de recomeçar, não importa onde você parou.

Reinventar a vida é buscar novos amigos. Conhecer novos lugares, descobrir um tesouro escondido onde você não buscava.

Reinventar a vida é encontrar um motivo para viver. É descobrir que o sol nasce novo a cada dia para nos iluminar. É saber que sempre podemos ter uma nova oportunidade para amar.

Reinventar a vida é sentir a alegria de ter ao seu lado aqueles que você ama.

Reinventar a vida é transformar dificuldades em oportunidades. É levantar-se após cada queda. É encontrar um motivo para viver.

Reinventar a vida é não se lamentar por aquilo que não deu certo. É buscar novas oportunidades para ser feliz. É ousar partir mesmo sabendo das dificuldades que se vai encontrar no ponto de chegada.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

IMPRESSÕES DE ASSIS

ASSISI

Ciò che ho visto

Non mi permette possedere parole
Avanzano trasparenti desideri
Di pace e di bene.
I campi, uccelli e fiori
Aiutano a comporre e a tradurre
La canzone e la danza di ogni creatura,
Sorella e amata
Da Ocluí che nel più alto del suo
Spogliamento
Parla.


O que vi
Não me permite possuir palavras.
Sobram-me transparentes desejos
De paz e bem.
Os campos, pássaros e flores
Ajudam a compor e interpretar
o cântico e a dança de toda criatura,
Irmã e amada,
Por Aquele, que no mais alto do seu
Despojamento,
Fala.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)



sábado, 11 de setembro de 2010

PRECE E VIDA DE UMA ARAUCÁRIA

No cair da tarde
Disse a criatura ao Criador:
- Obrigada Senhor!

Levantando os braços,
Louvou e agradeceu por seu amor.
- Obrigada Senhor!

Debulhando no chão sua semente
A vida se renovou.
- Obrigada Senhor!

No bico da Gralha
A vida foi levada, voou!
- Obrigada Senhor!

No chão enterrada
Esqueceu, germinou.
- Obrigada Senhor!

Como muitas outras,
Cresceu, ergueu seus braços
Seu louvor entoou
- Obrigada Senhor!


(Ir. Rosa Ramalho, fsp)


(Saudades do Paraná... um poema/prece muito simples e foi dos meus primeiros poemas naquelas terras)

domingo, 8 de agosto de 2010

BALANGO

Balango - Jocelino Soares


Um pedaço de madeira,
Dois de corda,
Uma árvore frondosa
E está pronto o meu balango.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)


Esta obra maravilhosa de Jocelino Soares,
trouxe lembranças de minha infância e inspirou-me este pequeno poema.

domingo, 1 de agosto de 2010

AMOR PERPÉTUO

Escolhi Aquele que primeiro me escolheu.
Ele, que todo se despojou,
Obedeceu,
Amou demais.

Assim o desejo para todos os meus dias
Para todas as minhas horas,
Para todo amanhecer
As noites não me amedrontam mais.

Alegria que sacia meu pote
E faz jorrar e desabrochar
Aquilo que é mais meu:
Meu nome, meu jardim.
Faz-me desejar partir,
Estender a mão
E "já não ser mais eu".

Peregrino em seu método,
Com os passos de minha medida,
Com o olhar que vê além da linha
Acompanhado por timbres
De misericórdia e
Palavras de presença e solidão.

Tornou-se assim,
O deserto o meu canto,
Casa amada e preferida
Arquitetura planejada
Em dias de inverno.
Só Dele preciso.

Em versos hei de me resumir,
Em melodias de raiz hei de cantar o louvor
Do deixar-se amar
Por um amor perpétuo
Confirmado por um sim.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)





segunda-feira, 5 de julho de 2010

SALVE MARIA DOS POBRES



Salve Maria,
Senhora da humildade e da escuta.
Mãe do Salvador, nossa esperança!
Ó Doce Silêncio, roga por nós!

A ti clamamos, vê ó Mãe das Dores
Nossos prantos, nossa miséria.
Leve até teu Filho, nossos desejos
Conservados em lágrimas e suor.
Ouve o nosso grito, roga por nós!

Sois nossa guia até Jesus.
Que seja chegada a hora,
Nosso pote está vazio
Espera o transbordamento da vida.
Vê Mãe, nossa falta de justiça, de terra,
De trabalho, de pão, de saúde,
De casa, roga por nós!

Mãe, volta teus olhos até nós!
“queremos mostrar-te nosso olhar”,
Nossas mãos.
Leve-nos a Jesus, o teu Filho bendito,
Nosso único bem.
Sois a mestra em nos ensinar a segui-lo,
Roga por nós!

Senhora da clemência
Somos um povo de garra
Há brilho na face de nossas crianças
E solidariedade em nossas mãos.
Desejamos que nosso pranto
Se transforme em júbilo,
Nossas lutas em conquistas,
Nossos sonhos em realidade
Já aqui nessa terra, assim como no Céu,
Pois, a vida para todos é a vontade de teu Filho,
Roga por nós!

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Paulinas 95 anos



De 1915 até hoje é impossível contar...
As páginas impressas,
As músicas e as imagens divulgadas,
Os cursos dados,
Os quilômetros andados,
Os sorrisos e as lágrimas,
As alegrias e as conquistas pelo Evangelho,
As preces e o debruçar-se sobre a Palavra,
Os desafios e também as derrotas da missão...
E as reticências seriam infinitas.

Estes 95 anos de Congregação não podem ser comemorados sem recordar de infinitos rostos.
Não somente de irmãs... mas de muitas pessoas que pelas mãos destas, acolheram a Palavra.

Que possamos nos conservar sempre, centradas no Cristo, no clima de Maria Rainha dos Apóstolos, com a paixão do grande Apóstolo Paulo, no ser em Cristo do Bem-aventurado Alberione e na docilidade a vontade de Deus de Ir. Tecla Merlo.




domingo, 13 de junho de 2010

RETRATO DA VOVÓ

Um coração grande
Que de tão grande
No peito se faz pequeno
Pois é um coração apaixonado.

Um olhar brilhante
Que de tão belo
Torna-se foco
Pois é um olhar
Que viu o amor.

Uma mão aberta
Que de tão aberta
Fez-se serviço
Pois é uma extensão
Do coração apaixonado.

Uma boca,
Que proclama a grandeza
De um Deus tão grande
Que de tão grande
Se fez pequeno,
Pois é um Deus amor.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)

(Uma homenagem carinhosa para minha Vovozinha Maria)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

INDIVIDUALIDADE


Vou encontrando meu modo de viver.
Construo dentro de mim uma morada
Que só eu conheço.
De meus dons tomo posse,
Sabendo que só eu
Posso ocupar esse lugar.
Por meus olhos ninguém mais pode ver
E se tocar as estrelas,
Quem saberá disso se não eu,
Que vivo desde sempre dentro de mim?

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

sábado, 15 de maio de 2010

TU ÉS MARIA

De ti aprendo a ser mulher!
Atenta, sensível e generosa as necessidades do próximo,
Dócil à vontade do Senhor.
Criativa para colocar em ação
Seu plano de amor.
A usar a minha voz e
Cantar a Deus um hino de louvor!
Por suas maravilhas em minha vida.

De ti aprendo a ser mãe!
Como tantas também fostes mãe,
Ensina-me também
A gerar vida ao meu redor!
A gestar Jesus,
Teu filho amado em mim.
E como tu, dá-lo ao mundo!

De ti aprendo a ser discípula!
Atenta, fiel à Palavra e aos
Ensinamentos do Mestre.

De ti aprendo a rezar!
A contemplar, a guardar a Palavra
Em meu coração.
A silenciar e estar com o Pai.

De ti Maria aprendo a ser comunicadora!
Do amor, da esperança, da vida,
Do próprio Jesus!

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)


domingo, 21 de março de 2010

SILÊNCIO



Os sinos estão sempre em silêncio
guardando o melhor som
para quando forem tocados.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)

terça-feira, 16 de março de 2010

SOBRE E PARA DOM PAULO PONTE

A voz firme interrompe
O silêncio penitencial
E a melodia misericordiosa
faz-nos dar um passo a mais
diante do mistério.

Junto ao nome do Apóstolo,
Carregas o Dom.
E Ponte fazes em cada palavra
Vivida, encarnada
Na tua realidade
E entre nós, semente.

Com os pobres,
Foste pobre.
Entre os ricos, profeta.

A cruz no peito,
Teu sinal!
O anel negro em teu dedo,
Tua opção!

E agora o ar que respiras
Sem impedimento é novo!

Soprado direto da boca de Deus!

Ir. Rosa Ramalho




Ontem, 15 de março recordamos com saudades Dom Paulo Ponte, falecido a um ano. Fiquei muito feliz ao encontrar esse meu poema (Sobre e para ele) no livreto que a Arquidiocese de São Luís fez em sua homenagem.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ORAÇÃO DAS COMPLETAS


Continua Senhor...

A fazer-me olhar para mim mesma
A mergulhar a fundo no meu poço,
Ainda que isso seja doído demais.

Sede de Ti...
Sim, tenho sede do amor
Tenho sede de paz.
Tu que és o manancial e a nascente
Sacia-me e dá-me mais sede.

Por Ti...
Quebrarei meus vasos de alabastro,
Me farei pobre,
Te levarei no meu cântaro 
para saciar a muitos.

Barro que sou...
Moldável e sensível a qualquer toque.
Modela-me, Tu que és o oleiro.
Cuida de mim, Tu que és pastor.



Tenho a te falar...
E a interceder pelos meus,
Todos os meus irmãos e irmãs
A quem eu sei que Tu já amas.

Mais do que ouro...
Ofereço-te a vida.

Entre em minha casa...
Não me sinto digna,
Mas te faço esse convite.
Só aguardo a Tua palavra.

Aos teus pés...
À escuta coloco-me
e atrevo-me a banhá-los, perfumá-los
Com os dons, aqueles preciosos que me deste.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

BEIJAR E PARTIR

Beijar a flor 
e sair por aí
espalhando cor e perfume.
Um instante,
um bater de asas,
um carinho,
sem nada dizer.
Chegar, beijar e partir.
Isto já é tudo,
isto me basta.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)



(Cuitelinho, com Mônica Salmaso e Rolando Boldrin)

UMA HOMENAGEM


No CD Aboio do Grupo Mucunã existe uma linda homenagem ao Xavantinho feita por Valter Silva. Hoje a escrevo aqui, com carinho para os dois Pena Branca e Xavantinho.

Hoje o sertão ficou triste
Pois calou seu cantador
Toca a viola violeiro
Toca a viola violeiro
Que a voz pro céu voou

Ah! Se eu pudesse eu daria
Ao cantador um prazer
Mandava matar a morte
Pra cantador não morrer

Roubava da noite a lua
E ofertava um bem querer
Coração de cantador é feito um sonho
Renasce a cada amanhecer

CANTADOR DO SERTÃO



Hoje, senti profundamente a partida do Pena Branca.
Não sei o que dizer...
Só sei que ele foi cantar no Céu, 
com o Xavantinho, com Deus...




segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

LENDO POESIA


Não leia um poema lendo o poeta.
Se leia.
Reconheça suas loucuras,
Seu desejo de dizer o que pensa e
Como pensa.
Permita-se desenhar palavras
E colher sorrisos e espantos.
Mergulhe em profundidade:
Na solidão,
Nos sentimentos,
Na dor.
Como aquele que procura
O mais profundo de si
E quando o encontra
Descobre-se obscuro e inacabado
Como uma pedra
Ainda por lapidar.
(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Rezemos com Mestra Tecla Merlo

Senhor,
sabemos que tu nos amas.
Tudo dispões para o nosso bem.
Sabemos que pensas em nós continuamente,
sabemos que queres nos ajudar e podes nos ajudar.
Tu o prometestes e não falhas.
Nós cremos. (Pedimos...)

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

MESTRA, LUZ E GUIA


Tecla, nome que inquieta
Nos convoca e nos alerta
A evangelizar
Tecla, no seu sim traz a firmeza
Nos seus passos a certeza
Da Igreja, renovar.

Mestra, luz e guia
No meio do povo, anuncia
O Caminho, a Verdade e a Vida
Mestra nos ensina
No meio do povo, anunciar
O Caminho, a Verdade e a Vida.


Busca, constante da vontade
De Deus na humildade
Sem medo de errar
Guia, na obediência o apostolado
Em resposta ao chamado
De a todos, evangelizar.

Sempre, atenta ao clamor
Do povo em sua dor
Em obras novas vai se lançar
Forte, como Paulo Apaixonada
Sem ter medo da jornada
Quer ver o Reino se espalhar.

Tecla, a comunicação
É certeza e missão
É esperança, é alegria
Desafios, no caminho encontramos
A seu exemplo confiamos
Em Jesus Mestre, Paulo e Maria.

Rita de Cássia Pizoli

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

LOUCURA DA CRUZ

CONVERSÃO DE SÃO PAULO


Coloco meus pés sobre tuas pegadas,
E tu ó pai
Contaminas meu ser com a Palavra.

Evangelho de vida é aquele que proclamas,
Germina e floresce,
Entre a esterilidade do poder
E a fraqueza dos cárceres.

Como filha,
Torna-me merecedora
De tua herança e de tua dívida,
Para que em mim, te mantenhas vivo.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

DRA. ZILDA ARNS - UMA HOMENAGEM

Como é simples para ti
abaixar-se e elevar
os pequenos e já vividos.

É a tua fome
que os nutre
de alimento e esperança.

São gestos simples e eficazes
que multiplicas.
Não é preciso muitos recursos
para fazer o bem.

Tua face, teu sorriso
provocam tanto,
como a palavra que pronuncias
num gesto ousado
diante de qualquer um.

Mostraste com a delicadeza de mulher
e com a força e a sensibilidade de mãe
que benditos e dignos de viver
são os frutos de todos os ventres.

E por fim,
quando menos esperamos nos mostras,
que os escombros mudos podem esmagar,
mas não permanecem em pé
como Aquele
que um dia na cruz foi elevado
e agora, diante de todos,
permanece como um sinal solidário.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)



ENCHENTES



A água, inocente e fecunda caí.
O sol brilha,
Escondido atrás das nuvens
Buscando brechas
para mostrar seus raios de graça
e iluminar nossa escuridão.
Mas, o que tínhamos,
não é possível ver mais.

Encostas desmoronam.
Amontoados destroços de tudo.
A lama cobre o que o tempo construiu,
sufoca vidas que ventres geraram,
e como tal, não pode devolver,
se não na fé que ressuscita
e transforma em vida,
qualquer situação.

Rios e lágrimas,
transbordam fora de nosso controle,
levando consigo tudo o que temos,
menos a esperança.
E assim, estamos:
De solidariedade cobertos,
de acolhida revestidos,
de preces acariciados.
(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AVE CORAÇÃO


Quando eu tentei te aprisionar,
Você voou.
Agora, da janela vejo teus voos.
Em minha gaiola,
Não irias ousar tanto,
Teu voar é livre,
Teu cantar é solto
Teu
sentir é leve.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)