Da janela, vejo o movimento.
As luzes dos prédios
Não me apontam para lugar algum.
Os carros indiferentes tomam sua direção.
Pessoas que circulam,
Com seu dever cumprido e um dia a menos.
O céu não é mais iluminado como antes
E os pássaros noturnos são de lata.
As árvores são plantadas
E não possuem floresta.
As flores formam os jardins planejados
Que nós admiramos
Com saudades dos campos.
Os frutos das bancas
Não tem o mesmo sabor
Que tinham nos pés.
E as pessoas que encontro
Não dizem meu nome.
Passamos uns pelos outros
Como se não tivéssemos a mesma origem
E o mesmo fim.
Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp
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