terça-feira, 17 de maio de 2011

MEU OUTONO


Já era tempo, as folhas avermelharam,
Amarelaram e caíram,
Já era tempo.

Tem gente que ganha a vida plantando árvores
Tem gente que ganha a vida recolhendo folhas de outono.

Certezas não tenho muitas,
Pois meus sentidos não vêem a seiva
Só apalpam galhos secos, só isso.
Sei quem me dará a alegria
De ver meus galhos floridos.

Se minhas raízes estão no chão,
Não tenho medo,
A geratriz me suporta
E me alimenta com seus seios de vida
Até que eu veja a primavera
e possa colher flores
e oferta-las como as folhas
que deixei cair.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)

domingo, 8 de maio de 2011

HOMENAGEM ÀS MÃES

Diante de ti,
os adjetivos se curvam e calam.
Teu silêncio te preserva e protege.
Teus braços multiplicados,
tuas mãos abertas te revelam.

Procuro palavras
para dizer o que quero.
E os gestos são insuficientes.

E de tudo o que trago,
Como bem ou como fardo,
Tem tudo de ti,
Tem tudo de origem
Tem tudo de mãe.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)


(Minhas avós Amélia e Maria José - Minha mãe Geni)