segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATAL COM SEDE

SEDE!  

Deixei de olhar as flores simples
E pareceu-me
Que todas as palavras
Já foram escritas
E combinadas em poesia.
O Céu tornou-se mais próximo
E a terra mais vazia.

Todos os anos tenho o costume escrever um poema de Natal e partilha-lo com meus amigos e amigas. Isso sempre me trouxe um grande prazer. Porém, desde o dia 19 de julho, dia da “viagem sagrada” da Vovozinha, tenho escrito muito pouco, parece-me que todas as palavras já foram escritas e combinadas em poesia. No último dia 21 de dezembro estive em uma de nossas livrarias e, nos poucos minutos de presença, ocorreu-me ali um encontro que me fez experimentar de forma muito simples, como se deve viver o Natal. O Natal e cada dia do ano devemos viver com SEDE.
Uma senhora veio à procura de um livro que matasse sua sede de conhecer Jesus. Com toda alegria ela expressava esse desejo. Acredito que o livro que ela levou não matará completamente a sua sede, sede de Deus nunca se acaba. O Evangelho nos deixa sempre insaciados, por isso, voltamos sempre a ele.  A sede daquela senhora despertou de tal forma a minha, que espontaneamente brotou esse pequeno poema em um tempo de grande aridez:


Há tanto tempo vieste
E ainda nos deixas
Com sede, Amado.
Recoremos a ti
Por que continuamente
Temos sede de amor, sede de paz.

E quando tomamos de ti
O que viemos buscar
Partimos desejando o retorno,
E voltamos acompanhados,
Por que nada nos sacia mais
Do que nossa sede de ti,
Ó Fonte!

 Com carinho, meu abraço
e desejo de um Feliz Natal,
com sede!

Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp