Muito
mais que a estatura física e as características externas, precisamos levar em
consideração, aquilo que as pessoas são em sua essência. A família onde
nasceram, a cultura na qual cresceram, seus sonhos e planos para o futuro...
Sua história de vida.
Costumam dizer que sou simpática, atenciosa,
prestativa, sincera, ousada, alegre. É o que costumam dizer... Sem que
necessariamente eu seja sempre assim, pois concordo com Clarice Lispector
quando diz: “Sou como você me vê. Posso
ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como
você me vê passar.”
Penso
que definir-se, seja limitar-se pois tudo muda o tempo todo. Entretanto, nesta
fase de minha vida, digo que sou como um pássaro fortalecendo as asas para vôos
mais altos e distantes. Asas que custam voar além do que já consigo, penas que
doem enquanto crescem, desafios que me fazem ter vontade de só ficar no
ninho...
Sou
uma mulher que sonha, que falha, que luta, que reza, que briga, que ama. Sou
todas as fases da lua, as quatro estações do ano, os sete sentidos aflorados;
todos de uma só vez.
Conhece
bem a mim, quem antes conhece a si. Sabe como sou, quem abriu seu coração e me
recebeu na verdade nua e crua, sem esperar algo em troca... Apenas pela
gratuidade e na reciprocidade.
Sou
a transparência do riacho na mata, a verdade dita no olhar, a simplicidade da
margarida sem perfume, a bondade da criança que oferece seu carinho a quem
nunca viu, a honestidade de fazer o bem no anonimato, a teimosia de crer que é
teimoso quem teima comigo, o ciúme do filhinho mais velho ao ver seu irmão
recém nascido no seio na mãe, o drama tenebroso feita aquela cena com música de
suspense, a loucura de ser sempre a mesma, sendo diferente.
Aline
Ruediger – Abril/2015
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