segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

MEU PRESÉPIO DE PALAVRAS

A estrela 
Ilumina a noite e as faces.
Vejo Maria,
Observo José.
Os dois olham para o Menino.
Anjos cantam na terra
Melodias do céu.
Pastores admirados, alegres,
correm pelos campos.
Reis magos, bem vestidos,
jogam beijos com a mão. 
Os animais...
Ah! Os animais!
Bois, ovelhas, galo, galinhas
e toda criação.
Belém é CASA COMUM!
Chão de palha, abrigo sem portas,
acolhida de todos! 

Belém é ESPERANÇA! 

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

DOM PAULO EVARISTO ARNS

GRITA PAULO

A semente da paz
É pequena
Como é pequeno todo Paulo

A profecia dos longos dias
E o sorriso da velhice
Completam-se
Como o néctar e a flor

"De esperança em esperança"
De Páscoa  em Páscoa 
As palavras guardadas 
No papel e na vida
Também ressuscitam
Com a tua morte

Agora, de lábios cerrados 
Fala Paulo
Grita ao lado Helder, Ivo, Luciano, Aloísio...
Que a profecia não morra em nós!

(Rosa Ramalho, fsp)












terça-feira, 13 de dezembro de 2016

REVISITANDO O MAR

O ir e vir das ondas 
Traz algo de novo.
O sol dora a minha pele
E tem perfume de longe.
O vento causa curvaturas 
E gera luz.
Minhas melodias e meu sotaque 
Cabem em qualquer lugar.


(Ir. Rosa Ramalho, fsp)




quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

CHAPECOENSE - UMA QUEDA, VÁRIOS APRENDIZADOS

"Que pena que é só diante de uma tragédia que a gente aprende a ser mais humano".
Ouvi esta frase de uma amiga e fiquei pensando em tudo que ouvi nestes dias... as cenas que vi na televisão e imagens nos jornais da queda do avião do nosso time, a Chape.
Eis meus aprendizados:
 Aprendi com nuestros hermanos colombianos que solidariedade também é remédio para dor.
 Aprendi que todo mundo deve ter uma paixão extra (futebol, música, arte...) para alegrar-se e chorar por ela se for preciso.
 Aprendi que ser humano precisa de ser humano, abraçar, estar junto na dor.
 Aprendi a não olhar só para minha dor, mas também consolar o outro que também está sofrendo e ninguém perguntou pela dor dele (só uma mãe é capaz disso, como a D. Ilaídes, mãe do Danilo).
 Aprendi que não se pode adiar amor, e se for possível deve-se dizer a cada instante "Eu te amo!" com palavras e gestos.
 Aprendi que toda ocasião, mesmo de derrota, pode ser uma vitória.
Aprendi o que ninguém precisaria explicar... muitas tragédias poderiam ser evitadas se fossemos mais gente, mais irmãos e menos capitalistas.
 Aprendi e entendi para que eu ganhei a vida: para ser gente, humana. E ser humana é viver e aprender a viver!

(Rosa Maria Ramalho, fsp)