O sino avisa
a chegada das horas
e o momento da prece.
O vento leva as folhas,
corta a pele e
balança as bandeiras juninas.
A sexta é fria e pede companhia.
As pessoas que comigo
esperam o trem
não me veem.
Algumas falam sozinhas
e outras exclusivam seu olhar
para os aparelhos.
Estou em junho
e exposta ao frio,
mas ainda é outono
e as folhas caem
e o vento as leva...
As leva...
Me leva e me deixa só
eu e meu lenço rosa,
meu livro e minha solidão.
Rosa Ramalho, fsp
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