segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MIGRAR

O meu canto,
entôo baixinho,
estou aprendendo a cantar.

Minhas asas são brancas,
velozes.
Leves como a seda
suaves, como o algodão.

Como alcançar as alturas?
Desejo então voar em bando.
Quero fazer meu ninho,
quero ser passarinho.
Cantar, abraçar o céu e
no inverno migrar, sempre de novo.
Fazendo um V entre as nuvens e
algazarra sobre as árvores.

Aqueles compassos que agora eu canto
fui compondo por instinto.
Sem pressa, no aconchego dos meus ninhos.
Eles falam de saudade,
eles falam de amor.

Olha aí quem vem chegando
pra me fazer companhia
pra cantar com nova melodia
os versos que acabei de compor.

(Rosa Maria Ramalho, fsp)



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