As pétalas deixam-se acariciar
Por minhas mãos ásperas
E tornam suave o meu sentir.
Represo um pouco de céu
Com meus olhos
E as construções ao meu redor
Arquitetam-me sem que eu perceba.
Os passos em silêncio
Conquistam espaços
E a música de fora
Perde seu poder.
A pele tocada pelo vento
Sente mais prazer
Entre as flores.
E o sol, apesar de constante,
É tímido em me inspirar
Palavras de calor.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)