quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

VAMOS!

Queremos encontrar-te, ó Menino!
Mas, nas igrejas encontramos ritos,
Nas lojas produtos,
Em nós mesmos, egoísmo!
Por isso, vamos à Palavra e a convite dos Anjos...
Vamos a Belém! 
É no Pará que nasces em hospitais precários.
Vamos à Vila Mariana! 
Porque é entre os moradores de rua 
que nasces em total abandono.
Vamos ao Espírito Santo! 
Porque é lá que estás entre os desabrigados das enchentes.
Vamos à Vila Prudente, Paraisópolis, 
Tacloban, Síria, Lampedusa...
A Tua chegada ó Menino é para nós saída! Vamos!

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)



(Foto de Simone Mavignier Madeira)

domingo, 24 de novembro de 2013

BENÇA!


Que bendito é esse que cheira perfume?
Que palavra é essa com gosto de cura?
Que olhar é esse tingido de Céu?
Quero tocar a terra,
Sujar as mãos,
Beijar a rosa e me arranhar em seus espinhos.
Meu amor é assim
Tem um “Q” de quem passou por mim.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)


O AMOR COMO RESPOSTA

As rosas desabrocham,
Os frutos amadurecem,
O amor é sempre novo.

Não queiras um pouco,
Se em teu coração couber tudo, todos.
Alarga a tua prece,
Projeta a tua voz.
Renuncia com bravura,
Dá com leveza nas mãos
E sorriso no olhar.

O amor é sempre novo
Razão de teu ser.
Comunica esta verdade
E será o bastante.
Que o amor seja a tua resposta.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)


domingo, 31 de março de 2013

TOQUE DE PALAVRAS


E depois dessas trevas,
digas o meu nome ó Doce Amado,
como disseste o de Maria,
naquele jardim em que todas as flores
sem saber, também ressuscitadas
dançavam com o vento.
(Ir. Rosa Ramalho)

domingo, 3 de março de 2013

QUARESMEIRA

Tua ousada exuberância 
abre meus olhos
em tempos de jejum.
E a cidade absolve-me
oferecendo em suas calçadas
tapetes lilases para a oração
como se nada fosse
 mais absurdo
do que uma flor caída no chão.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)

*Este poema é para minha mãe que um dia chorou por uma quaresmeira.









domingo, 17 de fevereiro de 2013

SAUDADE




Deixei de olhar as flores simples
E pareceu-me
Que todas as palavras
Já foram escritas
e combinadas em poesia.
O Céu tornou-se mais próximo
E a terra mais vazia.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)

Obs.: Nenhuma imagem conseguiu ilustrar esse poema.

RECONCILIAÇÃO



Não me vem poema
Não me vem palavras.
E amando.
Acabo sempre cedendo
Devo ir ao encontro.

(Ir. Rosa Ramalho, fsp)