(Quando a sardade é demais, ela sai de dentro e toma corpo em poesia.)
Saudade é menina.
Como planta,
cresce no coração da gente
e cria raiz em cada pensamento,
em tudo que a gente vê
e sente.
A dor da saudade
é uma dor sem lugar no corpo.
Ela não tem paragem,
acompanha cada passo
de quem ama demais.
Tem saudades de lugares,
de um momento da vida
e até de um animal.
Mas aquela que mais machuca
é saudade de gente.
Gente que está longe,
mas vive morando
dentro da gente.
(Rosa Maria Ramalho, fsp)