segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

LOUCURA DA CRUZ

CONVERSÃO DE SÃO PAULO


Coloco meus pés sobre tuas pegadas,
E tu ó pai
Contaminas meu ser com a Palavra.

Evangelho de vida é aquele que proclamas,
Germina e floresce,
Entre a esterilidade do poder
E a fraqueza dos cárceres.

Como filha,
Torna-me merecedora
De tua herança e de tua dívida,
Para que em mim, te mantenhas vivo.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

DRA. ZILDA ARNS - UMA HOMENAGEM

Como é simples para ti
abaixar-se e elevar
os pequenos e já vividos.

É a tua fome
que os nutre
de alimento e esperança.

São gestos simples e eficazes
que multiplicas.
Não é preciso muitos recursos
para fazer o bem.

Tua face, teu sorriso
provocam tanto,
como a palavra que pronuncias
num gesto ousado
diante de qualquer um.

Mostraste com a delicadeza de mulher
e com a força e a sensibilidade de mãe
que benditos e dignos de viver
são os frutos de todos os ventres.

E por fim,
quando menos esperamos nos mostras,
que os escombros mudos podem esmagar,
mas não permanecem em pé
como Aquele
que um dia na cruz foi elevado
e agora, diante de todos,
permanece como um sinal solidário.

(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)



ENCHENTES



A água, inocente e fecunda caí.
O sol brilha,
Escondido atrás das nuvens
Buscando brechas
para mostrar seus raios de graça
e iluminar nossa escuridão.
Mas, o que tínhamos,
não é possível ver mais.

Encostas desmoronam.
Amontoados destroços de tudo.
A lama cobre o que o tempo construiu,
sufoca vidas que ventres geraram,
e como tal, não pode devolver,
se não na fé que ressuscita
e transforma em vida,
qualquer situação.

Rios e lágrimas,
transbordam fora de nosso controle,
levando consigo tudo o que temos,
menos a esperança.
E assim, estamos:
De solidariedade cobertos,
de acolhida revestidos,
de preces acariciados.
(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AVE CORAÇÃO


Quando eu tentei te aprisionar,
Você voou.
Agora, da janela vejo teus voos.
Em minha gaiola,
Não irias ousar tanto,
Teu voar é livre,
Teu cantar é solto
Teu
sentir é leve.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)