sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ENCHENTES



A água, inocente e fecunda caí.
O sol brilha,
Escondido atrás das nuvens
Buscando brechas
para mostrar seus raios de graça
e iluminar nossa escuridão.
Mas, o que tínhamos,
não é possível ver mais.

Encostas desmoronam.
Amontoados destroços de tudo.
A lama cobre o que o tempo construiu,
sufoca vidas que ventres geraram,
e como tal, não pode devolver,
se não na fé que ressuscita
e transforma em vida,
qualquer situação.

Rios e lágrimas,
transbordam fora de nosso controle,
levando consigo tudo o que temos,
menos a esperança.
E assim, estamos:
De solidariedade cobertos,
de acolhida revestidos,
de preces acariciados.
(Ir. Rosa Maria Ramalho, fsp)

Nenhum comentário:

Postar um comentário