As folhas não
escolhem
Por onde querem ir e,
Dóceis,
Deixam-se orientar pelo
vento.
As borboletas tem asas e vontade.
Passeiam diante de meus olhos
E aterrizam nas flores
Com delicadeza.
O plátano vigoroso
Obedece ao outono
E paciente desnuda-se.
Sua beleza está em
despojar-se.
Escrever modifica a
gente dentro
De forma suave.
A dor tece poesias e
aprendizados.
Abro os olhos,
Levanto a cabeça
E vejo tudo novo.
Até mesmo o que
É mais comum,
É novo.
Novo é meu olhar.
(Ir. Rosa Ramalho, fsp)
Gratidão!
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